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Gasolina na Veia

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carros e seus donos

Preston Tucker

UM HOMEM E SEU SONHO

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 Esta é uma história de como um país consegue acabar com pessoas brilhantes, fraudando documentos e destruindo grandes projetos. Tudo isso envolvido em interesses financeiros, protegendo poderosos industriais e ajudando-os a continuar vendendo suas tecnologias ultrapassadas, interrompendo um boom tecnológico que se iniciaria na indústria automobilística norte-americana.

Preston Tucker  nasceu em Capac, no estado de Michigan, nos Estados Unidos em 21 de setembro de 1903 e teve o seu primeiro emprego como office-boy ,na sede da Cadillac Motor Company. Em 1940, inaugurou em Ypsilanti, Michigan, a Tucker Aviation Corporation, indústria que fabricava aviões, tanques e canhões para a Segunda Guerra Mundial.

Com o fim da guerra, em 1945, ele destinou seu dom industrial ao seu grande sonho: construir um automóvel que fosse seguro, rápido, baixo, comprido e com boa aerodinâmica. Nascia o projeto Tucker Torpedo, um carro que estava anos à frente da concorrência em matéria de engenharia, velocidade, com estilo futurista, além de ser extremamente seguro. Durante o seu projeto, o carro recebeu diversas inovações como o design aerodinâmico desenvolvido pela indústria da aviação, além de apresentar uma segurança muito avançada para a época com cintos de segurança e compartimento deformável dos passageiros. O pára-brisas do Tucker Torpedo também recebeu uma atenção especial: ficava encaixado sobre uma espuma de borracha, fazendo com que ele saltasse para fora do carro em caso de colisão. Este carro também possuía um farol central que virava, acompanhando a direção do volante para iluminação nas curvas.

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Após a divulgação do seu projeto, Preston Tucker, conseguiu encomendas de 300 mil unidades de pessoas que queriam possuir o “carro dos sonhos”. Com isto, conseguiu atrair 28 milhões de dólares através do mercado de ações dos Estados Unidos para iniciar o seu projeto, que foi colocado em prática numa antiga fábrica de aviões, alugada em Chicago, onde chegaram a ser construídas algumas unidades do carro.

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Cena do Filme “Tucker,Um Homem e seu Sonho”

Por ter um projeto totalmente inovador e que poderia abalar as montadoras norte-americanas, algumas pessoas afirmam que as grandes montadoras da época, juntamente com o próprio governo norte-americano, fizeram uma grande conspiração contra Tucker com um marketing negativo agressivo e expansivo de ataque ao industrial com calúnias, processos e fraudes em seus projetos e balanços que colocaram Tucker como um dos maiores fraudadores do país, como se tivesse enganado acionistas e concessionários, sendo comparado até mesmo a Al Capone.  

 

           Tentaram condenar Tucker com uma pena que poderia variar de 20 a 155 anos de prisão. Mas, com habilidade de mostrar como o país estava sendo injusto com ele, Tucker conseguiu ser absolvido do processo. Mesmo assim, sua fábrica já havia sido fechada pelo poder norte-americano, e o carro já havia conquistado fama de fraude, o que culminou com o fim do seu sonho nos Estados Unidos, em 1949. Apenas 51 unidades do Tucker Torpedo chegaram a ser construídas. Destas, 47 ainda existem com colecionadores.

Preston Tucker, morreu de câncer em 1955 no Rio de Janeiro, onde projetava a construção de um novo carro, com o nome de Carioca, que nunca saiu do papel.

Indicamos que assistam o filme “Tucker-Um Homem e seu Sonho” de Francis Ford Coppola. (Segue abaixo)

 

Soichiro Honda

A força de acreditar nos sonhos

s2Soichiro Honda (本田宗一郎, Honda Sōichiro)  nasceu em Hamamatsu em 17 de novembro de 1906 e falecido em Tóquio em 05 de agosto de 1991

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Oficina de “Soichiro” na cidade de Hamamatsu em 1935

Aos 16 anos de idade “Soichiro Honda” iniciou sua trajetória profissional, como aprendiz em uma oficina em Tóquio, Japão.

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No final da década de 1930 a “Tokai Seiki Heavy Industries” empresa de Soichiro, começa a fabricar anéis para motores, tornando-se fornecedor da Toyota.

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Durante a Segunda Guerra Mundial, a indústria de Honda foi bombardeada duas vezes, ficando destruída grande parte das instalações, o que não abalou os projetos e a determinação de Honda, que começou a produzir hélices para a Força Aérea Japonesa.  Em janeiro de 1945, um terremoto acaba de destruir o que restara de sua fábrica. Com o futuro incerto, Honda vende sua fábrica para a Toyota, que era cliente de seus anéis.

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O Japão pós guerra estava caótico e um dos piores problemas era o transporte. Então Honda pegou um pequeno motor que possuía, do tipo cortador de grama tradicional, e instalou em sua bicicleta. O sucesso foi imediato, passando a produzir em série e fornecendo motores para indústrias de bicicletas.

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Em setembro de 1948 era fundada a Honda Motor Company, fabricante de motocicletas. Após vários protótipos, em 1949 nasce a primeira motocicleta Honda com 98cc e 3 cavalos, batizada  de “Dream” (sonho).

Soichiro  sempre incentivou as pesquisas, isto levou a Honda a participar de competições de motos, com incrível sucesso.

 Em 1961, as motos Honda alcançaram os cinco primeiros lugares na categoria 125cc, e bateram todos os recordes na categoria 250cc., durante o Tourist Trophy da ilha de Mann, no Reino Unido, a corrida de motocicletas de maior prestígio internacional.

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CB92R Benly S.S. Racer 125 1962

Apoiada na visão internacional de seu fundador, a Honda chegou ao mercado norte-americano em 1959, revolucionando a indústria local, e levando a motocicleta a níveis de popularidade sem precedentes, tornado-se líder em vendas em 1963 naquele país.

Os primeiros automóveis produzidos pela Honda foram o esportivo S500 de 2 lugares e a camioneta T360  (1963)

O primeiro período da Honda na Fórmula 1 começou em 1964, apenas 12 meses após o início da produção em série dos seus carros. Já em 1965 o RA271E registrou o seu primeiro sucesso, pilotado por Ritchie Ginther no México.

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Em 1970, a apresentação do Z360 arrefecido a ar, formou a base para uma gama de veículos utilitários que, eventualmente, conduziu ao Civic em 1972, com um motor transversal de 1,2 litros.

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Primeira visita de “Soichiro Honda” a fábrica de São Paulo no Brasil

Em 1971 foi inaugurada a Honda Brasil, no bairro de Pompéia, cidade de São Paulo. Neste mesmo ano foram lançadas as motos CB500 Four. Soichiro permaneceu na presidência da empresa até aposentar-se em 1973, e desde então foi membro do Conselho Administrativo da Honda.

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Foi com motores Honda que Ayrton Senna conquistou o seu primeiro título na equipe Mclaren, em 1988. Proporcionou aos Japoneses naquele ano em Suzuka, um dos maiores espetáculos de pilotagem de toda história da Fórmula 1, sendo a primeira decisão de título entre Ayrton Senna e Alain Prost, ambos equipados com suas impressionantes McLaren e o motor Honda V6 turbo.

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Atualmente a Honda Corporation emprega mais de cem mil pessoas no Japão e Estados Unidos. É considerado um dos maiores impérios automobilísticos japoneses, composta de 507 empresas, 134 unidades de produção em 28 países e 31 unidades de pesquisas e desenvolvimento em 15 nações. Aproximadamente 178 mil colaboradores.

 

Fonte de consulta: Sites relacionados e Wikipédia

Fotos meramente ilustrativas

Texto de Marcus Vinicius

 

 

 

Speed Racer e o Mach 5

 

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Speed Racer, é uma série de desenhos animados dos anos 1960, criado por Tatsuo  Yoshida sobre corridas de automóveis. Speed Racer (nome dado na adaptação norte-americana), um jovem e audaz piloto de corrida de 18 anos, dirige o carro Mach 5, criado por seu pai (Pops Racer) e vive diversas aventuras dentro e fora das corridas.

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O desenho é muito conhecido pela sua canção tema e pela ótima trilha sonora, que tocava ao fundo e tornava ainda mais emocionantes as corridas em que o piloto Speed participava, sempre repletas de acidentes espetaculares e “golpes sujos” dos participantes, tais como seus mais célebres rivais, a “Equipe Acrobática” e o “Carro Mamute”. As corridas eram em locais inusitados, como selvas, desertos e até uma realizada dentro de um vulcão.

PERSONAGENS:

zz4Speed Racer  – Está sempre disposto a lutar pela justiça e por seus amigos. sonha em torna-se o Campeão do Mundo.

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Corredor X – Na verdade ele é Rex , o irmão mais velho de Speed. Certo dia, pegou escondido o carro de corrida de Pops Racer e foi disputar uma prova. Mostrou grande audácia e velocidade ao volante, ultrapassou todos corredores e a alguns metros de distância da linha de chegada, sofreu um acidente. Pops discutiu com Rex, que não queria que seu filho voltasse às pistas.  Furioso, Rex fugiu de casa e nunca mais voltou nem deu notícias. Anos mais tarde, reaparece, já como o misterioso Corredor X, mas ninguém sabe sua identidade secreta.zz6Gorducho – o irmão mais novo de Speed, com 7 anos de idade, junto com Zequinha, seu macaco de estimação, estão sempre presentes nas aventuras, normalmente escondidos no porta-malas do Mach 5. Sempre aparecem em situações cômicas, mas também como a “arma secreta” de Speed, ajudando-o a se livrar dos apuros.

zz7Trixie  – É a namorada de Speed (apesar de nunca tê-lo beijado no desenho), tem 18 anos e faz parte da equipe, pilotando o helicóptero que auxilia Speed quando ele se mete em encrencas.

zz8Pops Racer – É o pai de Speed. Mecânico muito talentoso e expert na criação de carros. Após ser demitido de uma grande empresa de corridas, resolveu montar sua própria equipe e efetivar o seu mais audacioso projeto: a construção do Mach 5.

zz9Moms Racer  – Ela raramente aparece, e quando aparece possui diálogos limitados.

zz11Inspetor Detetive – Inspetor da polícia que sempre solicita a ajuda de Speed em vários casos, e conta com a ajuda dele também.

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Sparki – É mecânico faz-tudo da equipe, sempre tentando evitar que Speed se dê mal, tomando decisões precipitadas, tanto dentro como fora das pistas, além de ser um dos melhores amigos de Speed.

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Speed Racer usou o carro na série (conhecida como o “Mach Go”, na versão japonesa), uma maravilha tecnológica, contendo diversos acessórios úteis entre seus equipamentos.  Speed Racer tem acesso a estes apetrechos pressionando botões marcados de “A” a “G” sobre um console no volante do carro. Este conceito único de carro, construído sobre um lustroso e branco chassi, tem um grande “M” vermelho em seu capô, o logotipo da empresa familiar, Mifune Motors. O carro, de dois lugares, tem seu interior na cor vermelha. Lembra a  Ferrari 250 Testa Rossa e o barulho de seu motor remete a semelhanças com o Ferrari V12 com câmbio mecânico de 6 velocidades e controle de tração.

 Painel do Mach 5

 

O “5” é brasonado em ambas as portas laterais do carro, servindo também como seu número nas corridas. É o quinto carro construído por Pops e denominado “Mach”, série desenvolvida para as corridas. Apesar de ser tecnicamente inferior a outros veículos, tais como o Carro Mamute e o GRX, o Mach 5 tende a ganhar mais corridas por conta de sua velocidade e da superior habilidade de condução de seu piloto.

Assista os episódios:

“A Mais Perigosa Corrida”  parte 1

“A Mais Perigosa Corrida” parte 2

“A Mais Perigosa Corrida”  Parte 3

Fonte de Consulta: YouTube e sites relacionados

ENZO FERRARI, um homem a 300 km/h

Quando o assunto é carros esportivos de luxo, o nome que imediatamente vem a memória, é o de Enzo Ferrari, fundador da Scuderia Ferrari

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Enzo Anselmo Ferrari nasceu em Módena na Itália, em 18 de fevereiro de 1898 e foi o fundador da Scuderia Ferrari e da Fábrica de Automóveis Ferrari. Apaixonou-se pelo automobilismo com apenas dez anos de idade, quando assistiu no circuito de Bolonha a corrida de carros de 1908

 

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Enzo Ferrari trabalhou como mecânico até o início da Primeira Guerra Mundial, quando entrou como piloto de testes da “Contruzioni Mecaniche National”

 

Pouco depois ingressou na Alfa Romeo, desta vez como piloto oficial

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Com o apoio econômico dos industriais Augusto e Alfredo Caniato, e do rico piloto amador Mário Tadini, a Scuderia Ferrari, foi fundada em 1929, tornando-se  a equipe de corridas da Alfa Romeo

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Essa união durou até 1938, quando a Alfa Romeo decidiu entrar nas corridas com seu próprio nome, a “Alfa Corse”, absorvendo o que tinha sido a Ferrari. Não concordando com esta mudança, Enzo Ferrari  foi demitido pela Alfa em 1939. Os termos de sua saída proibiu-o de participar do automobilismo em seu próprio nome, por um período de quatro anos

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Em 1939, Enzo Ferrari começou a trabalhar um carro de corrida de sua autoria, o Tipo 815 oito cilindros, 1,5L e, o 815S, projetado por Alberto Massimino, foram os primeiros carros da Ferrari

A Segunda Guerra Mundial pôs um fim temporário às corridas. Enzo Ferrari concentrou-se em uma alternativa de uso para sua fábrica durante os anos de guerra, produzindo peças para a produção de petróleo, máquinas e ferramentas para a indústria aeronáutica.  Após a guerra,  Ferrari recrutou vários de seus ex-funcionários da Alfa e estabeleceu uma nova Ferrari, projetando e construindo seus próprios carros. Em 1947 Ferrari apresentou o 12 cilindros 1.5 L, o “Tipo 125″, o primeiro carro de corrida a carregar o nome de Ferrari

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O logotipo da companhia tem início em 1923, com o “Cavallino Rampante”. O cavalo preto era um símbolo usado no avião de Francesco Barraca, piloto de caça que foi morto na Primeira Guerra Mundial. Atendendo um pedido da senhora Baracca, mãe de Francesco, Ferrari ,adotou o símbolo como emblema em seus carros. Além do cavalo preto, a cor de fundo escolhida para o escudo foi o amarelo canário, que remetia à província de Modena e mais 3 listras que correspondiam à bandeira italiana. Em 1932, o símbolo aparecia pela primeira vez, na escuderia da Alfa Romeo no Gran Premio di Spa, e em 1947, a Ferrari já solidificada como empresa, lança o Ferrari 125 S com o logo já estampado no carro

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Em 1950, iniciou-se o Campeonato Mundial de Formula 1, e a Ferrari entrou já nesta primeira temporada, sendo  campeã nos anos de 1952 e 1953

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 A morte precoce do filho Alfredino Ferrari, em 1956 aos 26 anos, fez com que Enzo se tornasse uma pessoa amarga. Desde então Enzo nunca mais pisou numa pista de corrida e passou a usar os inseparáveis óculos escuros (Foto com Juan Manuel Fangio)

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Em 1969, Enzo Ferrari vendeu 50% das ações da companhia para a “Fiat”

O último carro aprovado em vida por Enzo,  foi a lendária F40 de 1987. Ele gostou tanto do carro que proferiu a seguinte e famosa frase: “se Deus fosse um carro, seria uma F40”

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O Comendador Enzo Ferrari (título recebido pelo governo italiano) faleceu em 14 de agosto de 1988 aos 90 anos de idade na cidade de Maranello, local da sede da Ferrari. Neste mesmo ano a Fiat passa a deter 90% das ações da Ferrari, ficando 10% para seu filho Piero Ferrari.

Fonte de consulta: Wikipédia e sites relacionados

Fotos meramente ilustrativas

Texto: Marcus Vinicius

Quem tem Ford tem Sorte!

O slogan já foi visto por muitas vezes em adesivos ostentados por
felizardos proprietários em suas carangas, principalmente nos antiguinhos…

Na década de 70, a Rede Sonnervig havia apelidado o Corcel de “Papa
Fusca”. Os mais apaixonados pela marca diziam que era pela qualidade do
modelo. Os mais racionais, esclareciam que se tratava de uma campanha da
concessionária em pagar bem pelo Fusca na troca por um Corcel.

Mas a finalidade deste texto não é travar qualquer competição entre
marcas e modelos, até porque, a paixão que nos une é a “gasolina na veia e a
ferrugem na pele”, independentemente da marca do amigão de quatro rodas, até
porque a gente gosta daquilo que a gente tem, e deve realmente ser assim. Isso
seria uma discussão infinita e, na verdade, muito inútil.

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O relato é sobre uma verdadeira “expedição” feita por um casal de
antigomobilistas mineiros que, incentivados pelos amigos do Rota dos Antigos
de Pouso Alegre, tiveram a felicidade de percorrer mais de quatro mil
quilômetros a bordo de um Ford Landau 1976 sem qualquer intercorrência.

Contaram ainda com a companhia de um amante das motocas.
Irmão/cunhado do casal enferrujado, bravamente acompanhou o Fordão montado
em sua Yamaha Drag Star 650 ano 2007 levando na garupa o filho de 16 anos,
contaminado mirim pela gasolina.

Pelo caminho, foram marcando as paradas com os adesivos do Rota dos
Antigos de Pouso Alegre e do Motogrupo Engrenados.

Foram 10 dias de viagem, com início em Pouso Alegre/MG e destino a
Gramado/RS. Mas como mineiro é bicho curioso, não seria nem próximo de
suficiente simplesmente rasgar as famosas BRs 116 e 101 até o destino. Tinha
que ter desvios para matar a curiosidade acerca de alguns comentados pontos
turísticos que estavam próximos da rota principal. 

Nessa toada, ao cruzarem São Paulo, optaram por descer a maravilhosa Rodovia Anchieta e seguirem pelo litoral paulista (SP 055/ BR 101) até Miracatu/SP, onde “desaguaram” na BR 116.

“Desaguaram” é realmente a expressão correta, porque referido trecho de aproximadamente 170km foi percorrido sob intensa chuva, o que não foi nenhum problema para o Velho Fordão, cujo aparelho de ar condicionado ajudou a manter os vidros desembaçados.

Pois bem. Como não poderiam deixar de levar o Galaxie para surrar a famosa Serra do Rio do Rastro em Santa Catarina, foi decidido um pernoite em Joinville/SC para que, então, a tal ladeira fosse vencida durante o dia.

Subida e descida não foram nenhum problema para o velho motor 302 que bravamente venceu aquela estrada íngreme cuspindo fúria pelo escapamento e se despedindo pelo retrovisor de alguns “irmãozinhos” mais novos.

Os detalhes da turística Gramado/RS não precisam ser comentados, até porque não se trata de uma matéria sobre turismo, mas sim sobre a valentia de um “Fordão Véio”.

No retorno, decidiu-se por mais um desvio com pernoite na simpática Morretes/PR para experimentar o Galaxão na Serra da Graciosa (PR 410). A descida foi percorrida durante a noite mesmo (os quatro faróis pareciam um sol) e a subida se deu logo pela manhã.

O trecho do litoral paulista que não pode ser apreciado na ida devido à chuva forte, foi vingado na volta. A BR 116 foi abandonada em Miracatu/SP, quando ganharam novamente a BR 101 e SP 055.

Mas subir a Rodovia Anchieta e encerrar a “expedição” seria tremendo desperdício em um dia ensolarado. Por isso, a mudança de planos quanto ao trajeto, com a decisão de seguir pelo litoral paulista até a histórica Paraty/RJ.

A reforma do trajeto além de permitir apreciar o litoral paulista, daria oportunidade de lançar o Fordão no famoso calçamento de “pé-de-moleque” em Paraty, submetendo a suspensão e pivôs a teste severo, além de obriga-lo a enfrentar ainda a temida serra Paraty-Cunha (cuja pavimentação em bloquetes de cimento já está concluída e ficou linda).

Por fim, pequeno desvio até a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, para agradecimento pela benção de uma viagem tão tranquila.

Ao todo, foram mais de quatro mil quilômetros percorridos sem que sequer baixasse o nível de água do radiador ou do óleo do cárter. Mas o tanque de gasolina, este era difícil de manter no nível, mas nada que impedisse de dizer: valeu muito!

O Fordão é realmente valente! Mas os aventureiros não podem deixar de agradecer aos mecânicos Daniel e Dariel (pai e filho) que deixaram a máquina supimpa para enfrentar essa batalha.

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 Quilometragem inicial

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 Quilometragem final, pouco mais de quatro mil quilômetros percorridos

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 Chuvarada no litoral paulista. Pobre motoqueiro tomou chuva até Curitiba, mas jamais pensou em desistir da empreitada.

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Famosa ponte estaiada de Laguna/SC. Aqui a ansiedade começava a aumentar, pois o acesso à Serra do Rio do Rastro já estava a pouco mais de 100 km adiante.

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Enfim, o pátio do Mirante da Serra do Rio do Rastro.

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Não é exagero. A Serra do Rio do Rastro é realmente linda.

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 Paredão na Serra do Rio do Rastro

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 Espiando um pouco antes de entrar em Gramado. Mineiro é desconfiado.

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Congelou o vinil original de 41 anos de idade. Não se deve fazer isso com um sênior!

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Se pudesse, traria a barca para dentro de casa.

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Parada para contemplar o mar em São Francisco do Sul/SC

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Maravilhosa Serra da Graciosa – PR

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Esse camarada se meteu em cada lugar. Quem disse que carro antigo não pode andar em estrada de terra?

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Serra da Graciosa – PR – Motoca sempre a frente, para evitar ser deixada para traz pelo furioso Ford 302!!

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Portal da Serra da Graciosa

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Valentes da motoca. Haja coluna para resistir!!

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Pela janela da barca: Os barcos na marina em Ilha Bela/SP

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Não tem medo da maresia não. Se meteu na areia da Praia da Boraceia em Bertioga

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Paraty/RJ – Isso seria um “mini pão de açúcar”?

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Parece que não vai caber nas estreitas vielas de Paraty

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Pintura preto bali é bonita. Mas difícil de manter. Ainda mais depois de tantos quilômetros percorridos em 10 dias.

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Última parada antes de voltar para casa. Agradecer pela bênção de uma viagem absolutamente tranquila.

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Olhar pelo retrovisor nessa hora foi angustiante. A última parada ficava para trás. Daí, mais 160 quilômetros direto para casa. É como se fosse a última música do show.

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De volta ao lar. Motociclista e antigomobilista transpirando gasolina felizes da vida com uma experiência indescritível.

Se você tem uma história parecida com esta, mande pra gente em  ferrugemnapele@gmail.com  que divulgaremos aqui.

 

 

Daqui não saio, daqui ninguém me tira.

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Brasilia 1978, sempre na mesma garagem desde zero quilômetro.

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garantia de autenticidade pelo comprovante de revisão aos 1.000 km.

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Quem conduziu a Brasilia de 1978 até 1988 foi o Jurandir Nascimento (ano de sua morte),  a partir daí a D.Joana D’Arc, proprietária do carro, assumiu a direção.

Sempre muito bem cuidada, manutenção  em dia, e seus 140.000 km rodados é o brinquedinho da família.

Ainda conserva a pintura original, e acessórios de época, como: para-barros, calotas cromadas e protetores de pára-choques.

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Muito legal passear no carro. Na foto Jaderson Gomes (sobrinho da D.Joana D’Arc) e Mércia Nascimento (filha da D. Joana D´Arc)

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Hoje quem cuida e dirige a Brasília é a Joana (filha), que,  com certeza, não vai deixar que ela saia, e ninguém a tire da garagem.

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Para encerrar, a Brasilia leva o selo de originalidade do

“Gasolina na Veia”

“DEMOCRATA” o carro brasileiro que nunca foi para as ruas

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CHAMADO DE “TUCKER BRASILEIRO”

A Indústria Brasileira de Automóveis Presidente (IBAP) foi uma montadora de carros nacional, fundada em 1963 por Nelson Fernandes, em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo. Inicialmente com 120 funcionários, estes teriam benefícios como título de propriedade da IBAP, participação na diretoria, desconto na compra do carro e preferência para se tornarem revendedores. Fernandes tinha o sonho de criar automóveis modernos e com projeto 100% nacional.zz3O primeiro e único automóvel desenvolvido foi o luxuoso Democrata, com duas ou quatro portas, carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro e motor italiano (o único componente não nacional, fornecido pela empresa italiana Procosautom – Proggetazione Costruzione Auto Motori), com cabeçotes de fluxo cruzado confeccionados em alumínio  e montado na traseira. O projeto foi duramente atacado pela revista “Quatro Rodas”, e consta que um forte lobby das montadoras instaladas no país junto ao governo militar, acabou sepultando a IBAP e o sonho de Fernandes.

Das cinco unidades, só restaram três, restauradas com peças que haviam sido apreendidas pela justiça. Um dos exemplares foi entregue a Nelson Fernandes, que passou a dedicar-se ao negócio de cemitérios verticais e os outros dois permanecem com o mecânico e colecionador José Carlos Finardi, de São Bernardo do Campo. Um desses modelos pode ser visto no Museu do Automóvel que fica na cidade de Canela/RS.

VEJA REPORTAGEM DE “AUTO ESPORTE” EM 2007

As Aventuras de Alfredo, Gilda e o Possante.

Vamos começar esta história com placas amarelas e cabelos pretosz28Este é o “possante”, um fusquinha 1981

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e estes são: Alfredo, Gilda e… o Possante.

Uma história de amor a três que já dura 33 anos.

Tudo começou pelo camping.

As aventuras destes três foi do Oiapoque ao Chui, literalmente, incluindo: Maranhão, Piaui, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, isso  no Brasil, e mais: Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, deserto do Atacama e até o fim do mundo, o “Ushuaia”.

E por onde passaram, ficaram na história.

Ainda esperamos muitas  histórias, desse simpático casal de cariocas, e seu  inseparável fusquinha 1981, contadas mais por fotos do que por prosa.

O Ford V8 de Bonnie e Clyde

Bonnie e Clyde foi um casal de jovens impulsivos, que ficou famoso por uma série de assaltos pelo interior dos Estados Unidos, no início da década de trinta.

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Bonnie Elizabeth Parker, foi muitas vezes idealizada como sendo a líder da gangue, que planejava todas as ações, contudo os registros mostram que ela era apenas uma garota extremamente influenciada por Clyde, o verdadeiro líder da gangue, a quem ela idolatrava e seguia cegamente.

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Clyde Chestnut Barrow, nasceu a 24 de março de 1909 em Telico, Texas, uma cidade próxima a Dallas. Ele foi o quinto dos sete filhos do casal Henry Basil Barrow e Cumie T. Walker. Família que deixou o campo na esperança de dias melhores na cidade. Clyde começou cedo sua carreira de inconsequências; Em outono de 1926 alugou um carro para ir ao Texas atrás de sua namorada, com quem havia brigado, Eleonor Williams. Envolvido em tentar impressionar a garota e sua mãe, não devolveu o carro, o qual havia alugado por apenas 12 horas, e acabou preso. De volta às ruas, com seu irmão Buck (Marwin Barrow), rapidamente achou o caminho da cadeia, sendo pego com um carro cheio de perus roubados.

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Ford V8, era o carro preferido por Clyde para as fugas, devido ao forte motor, estabilidade nas curvas, e resistência, sendo que, as rotas de fuga sempre eram por estradas de terra e em difíceis condições de tráfego. Em 10 de Abril de 1934  escreveu uma carta a Henry Ford , parabenizando-o pela eficiência do Ford V8.

 A longa ficha criminal  da dupla foi interrompida em 23 de maio de 1934,  por uma emboscada bem planejada pelo FBI e policiais do Estado de Louisiania , quando foram recebidos por uma  chuva de balas ao passarem pelo cerco policial.

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Este Ford V8 havia sido roubado na Cidade de Topeka, Estado do Kansas e pertencia a Jesse Warrens.  Após as mortes de Bonnie e Clyde, o carro foi devolvido aos  “Warrens”,  que o venderam por U$ 3.000,00  sem consertá-lo.  O carro foi exibido em muitas feiras, shows e até carnavais.

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Atualmente  o Ford V8 pertence ao  “ Primm Valley Resort and Casino” – um Hotel Cassino em Nevada – USA, onde esta até hoje em exibição pública, protegido por vidros de plexiglass.

Assistam o filme : “Bonnie e Clyde Os Procurandos” (abaixo)

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